Mudar. Eu diria que faz parte da vida, um fenômeno tão vital e tão natural como o ato de inspirar e expirar. Algumas vezes meio dolorido, mas não deixando de ser bom. Afinal, o que seria da vida sem mudanças? Seria um ciclo infinito, monótono, que não oferece nenhum crescimento, nenhuma emoção. Sem graça.
Na hora a gente vai arrumando as coisas, guardando o que serve nas caixas, e no lixo o que não serve. E naquela organização a gente se depara com lembranças. Uma foto aqui, um objeto ali, e pronto! Nesse momento você começa a reviver o passado. Sente as mesmas emoções, os mesmos arrepios, as mesmas risadas, as mesmas lágrimas, as mesmas sensações. Dai você olha para trás e ver o quanto já foi vivido e quantas experiências você já tem. Quanto tempo desperdiçado com bobagens, quantos momentos bons que não voltam mais, quanto tempo se tem pela frente para viver. Ai você escolhe: tudo de novo, ou tudo novo; nem tanto um, nem tanto outro.
E assim, muda! A casa, os móveis, as roupas, a dieta, o esporte, o hobby, os amigos, o romance, o caráter, o espirito, as atitudes, os sentimentos... muda dentro, muda fora, muda em cima, muda em baixo...
Em alguns casos, o bom é mantermos o de sempre, em outros, mudar é melhor. Nem sempre queremos manter o que deve ser mantido, assim como também temos medo de mudar o que deve ser mudado. Requer coragem, porque é bem sofrido. Entretanto devemos fazer sempre o melhor, e se mudar for o necessário, o melhor virá com a mudança.
O segredo está na organização na hora da mudança. Tem que saber o que jogar fora e o que guardar. Guarde tudo o que te faz bem, todas as lembranças boas. Se necessário guardar as ruins, guarde-as também, mas não como rancor e sim como experiência. Jogue fora aquilo que te machuca, aquilo que te atrasa, aquilo que te impede de crescer e ser feliz.
Podemos achar que está tudo perdido. Mas a vida nos dá a chance de recomeçar. Mudar é recomeçar.